domingo, 15 de maio de 2011

O Bullying nas escolas contra travestis e os que sofrem com os ataques

O Bullying nas escolas contra travestis e os que sofrem com os ataques
  Venho falar e expor a minha opinião sobre algo que acontece com muitas crianças e travestis durante a adolescência na escola, o bullying é uma palavra em inglês para assédio escolar. Um termo utilizado para atos de violência física ou psicológica intencional e repetidos. Esses casos de bullying ocorrem em várias escolas e muitas delas não dão a devida atenção para esse caso ou são omissas nesse tipo de situação.
Isso causa sérios problemas na vida de quem é atacado fazendo com que caia o rendimento escolar, evasão escolar e traumas de infância. Isso ocorre em grande peso quando se trata de um menino gay ou uma transexual iniciante, mas outras pessoas sem ser gays e transexuais também sofrem com o bullying como é o caso daqueles meninos mais gordinhos ou que tenha algum outro problema.

  Eu sei que zoação na escola sempre existiu que não se deve cair na pilha do cara que está zoando, etc. Mas quando a coisa passa do limite da brincadeira e se torna agressão é algo a ser observado, pois tem coisa errada. Os alvos sempre são pessoas mais fracas ou que sejam diferentes dos outros alunos. Por exemplo, um aluno homossexual sofre todo o tipo de humilhação só por ter a sua orientação homossexual.
  Outro caso como sempre cito e que pegam mais no pé são as travestis/transexuais que já era conhecido como um menino com jeitos delicados e em uma fase esse menino está se tornando uma menina. Quando isso acontece os colegas de sala começam a mexer, chamar a pessoa de viado, agredir verbalmente e fisicamente. Eu falo que no caso de uma travesti é pior, porque as formas femininas não tem como esconder, já o aluno que é só gay pode se passar por hetero para não ser vitima de bullying dos colegas.
  Por isso que vemos muitas travestis tendo que sobreviver da prostituição, muitas estão ali não por opção, mas por necessidade. Muitas travestis tem que abandonar a escola durante a sua transformação e com isso não tem um bom currículo para ingressar nas empresas que a cada dia estão mais exigentes, o que resta para elas é aprender uma profissão ou se prostituir.
  É claro que existem casos de transexuais que dão a volta por cima, terminam os estudos e se forma, tem um emprego e segue sua vida longe da prostituição, mas infelizmente não são todos os casos que terminam assim. Muito do número de evasão escolar vem de travestis vitimas de bullying e que não aguentam mais viver naquela situação. Alguns casos de bullying acabam despertando problemas psicológicos na pessoa que precisa de um tratamento e acompanhamento.  Outros podem se sentir revoltados e acabar fazendo como o Wellington Menezes de Oliveira que desenvolveu uma mente psicopata e resolveu descontar em alunos que nada teve a ver com isso como aconteceu no massacre de Realengo. O Wellington sofria bullying na escola, mas também matar os outros não é motivo mesmo que tenha sofrido esse tipo de assédio quando era menor.

Wellington Menezes de Oliveira
Wellington Menezes o atirador psicopata da escola em Realengo
  O que vemos nos noticiários são muitos “especialistas” falando uma coisa diferente e o que poderiam fazer é debater sobre o bullying, quais as consequências e tudo mais. Muitas escolas sequer tem campanha de conscientização contra bullying, outras são omissas e fingem não estar vendo diversos casos de assédio e humilhação na própria escola. Como eu disse anteriormente que zoação e encarnação existem em qualquer lugar, a pessoa não deve se levar na “pilha” dos outros, pois será mais encarnado ainda.
  Na minha época de escola eu zoava muito e também era zoado, nunca permiti que alguém me viesse escrotizar ou humilhar, pois sabia me defender e já quase fui expulso do colégio por causa de constantes brigas em uma época do colégio. Mas nem por isso eu não saio por ai matando os outros como fez o psicopata de Realengo, mas em outros casos o assédio impede que a travesti/transexual possa terminar seus estudos em paz.
  Em minha opinião a campanha contra o bullying, contra o preconceito, contra a discriminação e contra a homofobia nas escolas tem de ser mais presente. Por isso eu sou a favor do programa Kit Contra a homofobia, pois vendo os vídeos com os educadores os alunos poderão aprender a lidar com a diversidade, respeitar o próximo independente de orientação sexual e que as travestis e transexuais possam terminar seu ensino acadêmico, se formar e trabalhar no mercado de trabalho.

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